agosto 05, 2017

que amor não me engana

Obrigado, Isabel Pires, e ainda bem que achas que assenta em mim. Fantástico post sobre Zeca Afonso, com texto muito bom de Ricardo Romano.


Que amor não me engana
Com a sua brandura
Se da antiga chama
Mal vive a amargura
Duma mancha negra
Duma pedra fria
Que amor não se entrega
Na noite vazia?
E as vozes embarcam
Num silêncio aflito
Quanto mais se apartam
Mais se ouve o seu grito
Muito à flor das àguas
Noite marinheira

Vem devagarinho
Para a minha beira
Em novas coutadas
Junta de uma hera
Nascem flores vermelhas
Pela Primavera
Assim tu souberas
Irmã cotovia
Dizer-me se esperas
Pelo nascer do dia

Zeca Afonso

© Resistência
Mano a mano
Que o amor não me engana





Sem comentários:

Enviar um comentário